O PSOL e o novo relatório do Aldo Rebelo |
Chico Alencar, Ivan Valente e Jean Wyllys |
De como a formiguinha abriu a trilha para o elefante. Ou, para ficar na ameaçada fauna brasileira, de como o curiango, passarinho da noite, indicou o caminho para o lobo guará. La Fontaine e Esôpo se deliciariam... Mas não estamos no mundo mágico da literatura e sim na realidade áspera do plenário da Câmara, à meia noite desta 4ª f., 11 de maio. Ali, um pedido de retirada de pauta da matéria – mudanças drásticas no Código Florestal -, feito pelo PSOL e fadado à derrota, ganhou um inesperado apoio do PT, depois do PMDB e, por fim, de toda a base governista. |
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Código Florestal: pressa é inimiga do futuro |
Ivan Valente |
O projeto do novo Código Florestal, se aprovado, significará um brutal retrocesso na proteção do meio ambiente e da biodiversidade. Basta olhar para o resultado da ocupação irregular das áreas de preservação permanente (APPs) nas tragédias no Rio de Janeiro para ter a dimensão da irresponsabilidade de reduzir tais áreas, como defende o relatório de Aldo Rebelo. O projeto também sobrepõe as APPs à reserva legal, porção de terra de mata nativa, ignorando que cada uma cumpre funções específicas, que valorizam a propriedade. |
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Mais de 50 entidades repudiam mudanças de Aldo Rebelo no Código Florestal |
Igor Felippe Santos |
Mais de 50 entidades da sociedade civil rejeitaram o relatório do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB) com mudanças no Código Florestal e pediram mais tempo para a discussão, no seminário nacional promovido em São Paulo (SP), no sábado, que reuniu mais de 400 pessoas. A votação do projeto é a principal pauta da Câmara dos Deputados nesta semana. "Não podemos aceitar de forma alguma as mudanças no Código Florestal, que vão contra os princípios da vida e do meio ambiente", afirmou o padre Nelito Dornelas, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). |
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Resistir, para desconstruir: a tarefa |
Milton Temer |
Duas décadas vencidas, e é indiscutível que cultural, política e ideologicamente, o sistema capitalista se impôs sobre as experiências socialistas do século XX. Isto quer dizer que estamos diante de um inexorável caminho, sem retorno, para afirmá-lo o regime que melhor se coaduna com o desenvolvimento social da humanidade? Ou seja; como a forma final de organização civilizatória, insuperável estruturalmente, e apenas passível de aperfeiçoamentos pontuais? |
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O degradante trabalho policial |
Heloísa Helena |
Uma preliminar: minha total solidariedade às vítimas da brutalidade policial e minha repulsa ao policial infrator, torturador e que estabelece a condenável promiscuidade com o crime organizado. Eu mesma já fui vítima... seja, na minha adolescência, com o assassinato do meu irmão Cosme Luiz - com vários tiros de espingarda 12 – seja contra o meu próprio corpo e minha dignidade pessoal e política. Mas explicito da mesma forma e intensidade a minha solidariedade aos policiais que perderam suas vidas ou foram mutilados na tentativa de exercer com dignidade as suas atribuições em precárias condições de trabalho. |
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Em defesa da TARIFA ZERO |
Gert Schinke |
A bandeira da TARIFA ZERO - gratuidade do transporte público coletivo urbano, deve ser vista como uma conquista social da maior envergadura, colocada no mesmo patamar dos demais "DIREITOS SOCIAIS" garantidos na Constituição Federal. Não é pouca coisa. Em certa medida, uma "utopia", no bom sentido do termo, dada a sua envergadura, alcance e dimensão social. Tampouco é novidade, pois até mesmo praticada em outros rincões mundo afora, e no Brasil também, ainda que limitadamente ao final dos anos 80, no governo Erundina na Prefeitura de São Paulo. |
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Proposta de reforma tributária do governo ignora distribuição injusta |
André Barrocal |
Prioridade de Dilma Rousseff em 2011, proposta deixa intocada regressividade do sistema brasileiro. Só metade da tributação atinge renda, lucro e patrimônio. CUT defende imposto sobre jatinhos e iates. Auditores e fiscais querem taxar grandes fortunas. Com um terço do Congresso dono ou sócio de empresas ou fazendas, governo opta por reforma da 'eficiência'. |
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Carta de um Nobel da Paz a Barack Obama |
Adolfo Pérez Esquivel |
Carta de Adolfo Pérez Esquivel: "Quando te outorgaram o Prêmio Nobel da Paz, do qual somos depositários, te enviei uma carta que dizia: 'Barack, me surpreendeu muito que tenham te outorgado o Nobel da Paz, mas agora que o recebeu deve colocá-lo a serviço da paz entre os povos; tens toda a possibilidade de fazê-lo, de terminar as guerras e começar a reverter a situação que viveu teu país e o mundo'. No entanto, ao invés disso, você incrementou o ódio e traiu os princípios assumidos na campanha eleitoral frente ao teu povo, como terminar com as guerras no Afeganistão e no Iraque e fechar as prisões em Guantánamo e Abu Graib no Iraque". |
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Há nos Estados Unidos um cansaço da guerra? |
Immanuel Wallerstein |
Os Estados Unidos estão atualmente envolvidos em três guerras no Oriente Médio – no Afeganistão, no Iraque e, agora, na Líbia. Os Estados Unidos têm bases por todo o mundo, em mais de 150 países. Na atualidade, mantem tensas relações com a Coreia do Norte e o Irã e nunca descartou a ação militar. Quando começou em 2002, a guerra no Afeganistão teve um fortíssimo apoio da opinião pública estadunidense e um grande respaldo em outros países. A guerra no Iraque teve quase tanto respaldo da opinião pública estadunidense, quando começou em 2003, mas muito menos apoio em outros países. Agora, os EUA estão a meio caminho na Líbia. Menos da metade do público estadunidense respalda as ações e há muita oposição no resto do mundo. |
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Os riscos da arrogância do Império |
Leonardo Boff |
Conto-me entre os que se entusiasmaram com a eleição de Barack Obama para Presidente dos EUA, especialmente vindo depois de G. Bush Jr, Presidente belicoso, fundamentalsta e de pouquíssimas luzes. Este acreditava na iminência do Armagedon bíblico e seguia à risca a ideologia do Destino Manifesto, um texto inventado pela vontade imperial norteamericana, para justificar a guerra contra o México, segundo o qual os EUA seriam o novo povo escolhido por Deus para levar ao mundo os direitos humanos, a liberdade e a democracia. Esta excepcionalidade se traduziu numa histórica arrogância que fazia os EUA se atribuírem o direito de levar ao mudo inteiro, pela política ou pelas armas, o seu estilo de vida e a sua visão do mundo. |
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