Os meios de comunicação tiveram um relacionamento complexo, mas não contraditório, com o movimento 15-M. Em termos gerais, a primeira reação foi o silêncio, quase o desdém: apenas três veículos se apresentaram à roda de imprensa que informava sobre a mobilização prevista em 15 de maio. A maciça ocupação do espaço público por parte da população e a difusão das mobilizações pelos meios estrangeiros arrastaram os meios espanhóis, temerosos de perder credibilidade. Quando a realidade não pode ser omitida, melhor arejá-la para poder "geri-la". O tratamento e a imagem construída foi, de início, amável: jovens rapazes – já se sabe que os jovens tem energia e sempre estão inconformados –, lemas genéricos – a audiência sabe que vive em uma democracia, imperfeita, claro, mas que pode ser melhorada –, indignação – não é um movimento original, mas se deve ao livro do francês Stéphane Hessel, "Indignez-vous!" (Indignem-se, em livre tradução). Deve-se conjurar o perigo desde o início. |
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