quinta-feira, 10 de março de 2011


“A única luta que se perde é a que se abandona”
Hebe Bonafini, Madres de la Plaza de Mayo


Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres foi proposto que o dia 8 de março se tornasse o Dia Internacional da Mulher. Seria uma homenagem às operárias de Nova Iorque que em 8 de março de 1857 fizeram uma grande greve e ocuparam a fábrica em que trabalhavam para reivindicar redução na carga diária de trabalho de 16 para 10 horas, equiparação de salários com os homens e melhores tratamentos dentro do ambiente de trabalho. Infelizmente, a manifestação foi reprimida com uma violência brutal. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica que foi incendiada pelo patrão matando 129 tecelãs. No ano de 1975 a data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

A partir de então esta data passou a ser oficialmente celebrada no mundo inteiro como homenagem às mulheres. No entanto, a luta de diversas companheiras em defesa dos seus direitos como mulheres e trabalhadoras é diária. As mulheres estão na linha de frente de passeatas, revoluções, greves, etc, para a construção de um mundo melhor para todos. Lutamos contra as ditaduras nos países da América Latina, participamos do panelaço na Argentina, do caracaço na Venezuela. Assim como tomamos as ruas da Itália contra o machismo de Berlusconi, também somos protagonistas das revoluções do mundo árabe e pivôs nas mobilizações contra as demissões na FUGAST.

As mulheres, através de suas lutas, tem conquistado espaço e direitos em todas as partes do mundo. Somos chefes de família, vereadoras, coordenadoras, gerentes, presidentes, líderes sindicais... Mas infelizmente ainda há muito para se conquistar. Não são raros os casos de mulheres violentadas pelos seus parceiros, discriminadas em seus locais de trabalhos e com salários inferiores aos dos homens na mesma função.

Por isso nesse dia 8 de março saudamos as mulheres e todas as suas conquistas ao longo dos anos. Que essa data, além de um momento de celebração, fomente debates para que a sociedade reflita sobre as condições de suas mulheres e avance na luta contra o preconceito, a opressão e a discriminação.

Nesse sentido, reiteramos que o nosso mandato estará sempre a serviço da luta das mulheres pela igualdade de direitos e contra o machismo.

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