quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Prefeitura de Campos esgotou o dinheiro

A maior parte das obras milionárias tocadas pela prefeitura de Campos está paralisada ou diminuiu o ritmo. O motivo é um só: não tem mais dinheiro. O orçamento já se esgotou, porque o governo municipal é um poço sem fundo. Quanto mais dinheiro, mais gastos, principalmente em ano de campanha eleitoral.

Para o ano que vem, com um orçamento previsto no patamar de R$ 1,8 bilhão, certamente que o dinheiro não chega ao final de ano. O filme tende a ser o mesmo: falta de medicamentos em farmácias, ausência de médicos em hospitais, superlotação nos corredores do hospital Ferreira Machado, ruas esburacadas e outras mazelas. Contudo, não faltarão grandes obras e overdose de publicidade institucional.

O custeio da máquina é algo assustador. O prefeito Nelson Nahim transformou a administração num pacote de bondades, fazendo todo tipo de concessões a setores distintos, visando criar um nicho eleitoral diante da real possibilidade de uma eleição extemporânea.

Um pequeno acidente de percurso, como uma eventual redução na arrecadação de royalties de petróleo, será o suficiente para provocar uma hecatombe na administração municipal, porque a maior fonte de receita do governo é instável, enquanto que muitos custos assumidos são permanentes. Um devaneio administrativo: despesas fixas e crescentes sem uma fonte de receita permanente.

Para os futuros governos o legado será pesado. A máquina estará mais dispendiosa, endividada e ingovernável diante de uma eventual queda de receita. A máquina administrativa se transformou em bomba relógio, pronta para explodir no colo de quem suceder o atual governo.

Sem contar que nesses quase dois anos, a estrutura administrativa e de serviços da prefeitura foi praticamente desmontada. Ambulâncias, limpeza de prédios públicos, segurança e merenda escolar estão terceirizados a um custo milionário. Se uma dessas empresas resolve romper um contrato em resposta a possíveis atrasos de pagamento, estaremos diante de uma situação caótica.

O atual estágio do governo municipal é preocupante e o futuro é ainda mais assustador. O atual modelo mergulhou a cidade uma espiral de gastos e endividamentos que vai solapar cada centavo de um orçamento bilionário. O festival de terceirização desmonta todo discurso de herança maldita que Rosinha e Garotinho sempre propalaram ter herdado de administrações anteriores.

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