
A vereadora e futura deputada estadual Clarissa Garotinho (PR) e o vereador Jorge Pereira (PTdoB) tiveram uma discussão acalorada durante sessão plenária realizada na última terça-feira, na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. A discussão começou após a vereadora questionar o porque do vereador ter dado parecer favorável em um projeto de lei que prevê a redução do ISS para as resseguradoras. O vereador, que foi relator do projeto, havia dito anteriormente que o texto continha vício de iniciativa.
Após o questionamento, os vereadores não chegaram a um consenso e a discussão escambou para um bate-boca com ofensas pessoais recíprocas. O presidente da Câmara, Jorge Fellipe (PMDB), bem que tentou em vão amenizar o conflito, mas o bate-boca só teve fim após a sessão ser suspensa e os vereadores resolverem as questões frente a frente.
Leia abaixo o relato do desentendimento publicado pela colunista Berenice Seara, do jornal Extra. O jornal também reproduziu em seu site o vídeo da discussão. Para assistir, basta clicar aqui.
Da coluna Extra, Extra!:
- Esse texto tem vício de iniciativa por não apontar a fonte de recursos para bancar essa redução – disse.
Foi o suficente para Clarissa Garotinho (PR) pegar o microfone, meio no deboche, e iniciar o bate-boca.
- Vereador, não entendi. O senhor não é o relator? Por que deu parecer favorável?
- A senhora tem que estudar mais o regimento. Se continuar assim como deputada, não vai nem conseguir abrir a boca – disparou Pereira, já alterado e com a voz elevada.
Clarissa pede a palavra de novo.
- O senhor não gosta de ser questionado e parte para ofensas pessoais. O senhor tem essa mania. Assim como eu não entendi, outros vereadores também não entenderam por quê deu parecer favorável.
O presidente Jorge Felippe (PMDB) bem que tentou, mas não conseguiu encerrar o bate-boca.
- Se a senhora lesse um pouco mais aprenderia um pouquinho e talvez chegue aos 24 anos que tenho nesta casa e não emproaria essa crista – irritou-se mais ainda o nobre, já aos berros e de dedo em riste contra a mocinha:
- A senhora tomou votos dos outros porque só aparecia na TV com seu pai. E Seu pai está sub judice!
Pronto. Começou-se a lavar roupa suja enquanto vereadores riam da cena, alguns de nervoso mesmo.
- Não sei por que o senhor fala da minha família, se é o senhor quem chega aqui com vários carros de luxo – rebateu Clarissa.
Irritado com as trocas de acusações e pelo fato de ter sido filmada, o presidente Jorge Felippe (PMDB) corta o microfone do xará, que não se dá por vencido e continua vociferando aos berros no plenário.
- O pai dela atacou a minha família primeiro!
Durante toda a briga, os dois estavam em lados opostos no plenário. Nesse momento, Clarissa vai até Jorge Pereira. Prevendo o pior, Lucinha (PSDB) chama a moça para tirá-la de perto da fera. Tio Carlos (DEM) tenta apartá-los também. A briga só terminou quando Clarissa ficou frente a frente com Jorge Pereira.
Em tempo: o vereador Jorge Pereira é um velho conhecido do movimento estudantil. No final de 2009, o vereador e vice-presidente da Comissão de Justiça e Redação emitiu parecer contrário à aprovação do projeto de lei da meia passagem para os universitários cariocas. Na ocasião, o vereador justificou alegando um suposto “ônus financeiro” às empresas de ônibus e classificou como “precária” a identificação estudantil emitida por entidades como a UNE e UEE-RJ.
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